segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Velho Mercado


   Manhã cinzenta de sábado na Lapa. Uma imagem que representa a cidade de São Paulo como todo paulistano conhece. Os antigos galpões industriais, que fizeram parte do período do crescimento em larga escala da metrópole, hoje dão lugar a prédios abandonados, pequenos comércios e residências, todos divididos e distribuídos de maneira regular na irregularidade arquitetônica cinqüentenária do bairro.
   Sobrevivente à época do glamour paulistano, o Mercado da Lapa continua a fazer parte do cotidiano dos habitantes do bairro, sendo um dos principais centros de distribuição de produtos da cidade de São Paulo.

   O movimento na primeira parte do dia é sempre mais fraco, asseguram vários lojistas. A frase é tão uníssona quanto os sons dos materiais sendo descarregados, caixas batendo no chão, entregadores e lojistas dialogando quanto à distribuição.
   Devido á incessante busca por clientes, opto por não procurar conversa com os vendedores, que também não simpatizam muito em responder. Volto a apenas observar o ambiente. Particularmente o galpão, as lojas e a localização do Mercado acabam chamando mais a minha atenção do que os produtos vendidos.
   Apesar de uma organização simplificada, o Mercado é bastante arcaico em sua estrutura, o que dá um aspecto clássico, condizente coma decadência visível da localidade. É essa decadência que me fascina. O termina de ônibus, a linha do trem e o Mercado fazem uma combinação suburbana judiada pelo tempo, mantendo viva uma localidade que outrora fez parte da época de crescimento da cidade de São Paulo.
   Para completar minha primeira visita, nada melhor do que reunir os amigos em um bate papo regado a dois ‘pastel’ e um ‘refri’ e contemplar esta loclidade que representa São Paulo de uma maneira mais crua.

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